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Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe cumprem meta contra fome

Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe cumprem meta contra fome

Países devem ser homenageados, no domingo, por atingir Objetivo do Milênio antes de 2015; cerca de 870 milhões de pessoas ainda estão subnutridas no mundo.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Angola, Brasil e São Tomé e Príncipe integram uma lista de 38 nações que devem cumprir os objetivos estabelecidos pela comunidade internacional para combater a fome.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, refere que os sucessos foram alcançados antes do prazo de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, ODMs, em 2015.

Alimentação

De acordo com a agência, Angola e Brasil diminuíram pela metade a proporção de pessoas que passam fome. Ambos integram o grupo de 20 países que cumpriu o ODM número 1.  O progresso foi medido nos biénios 1990 a 1992 e de 2010 a 2012.

As nações com o mesmo desempenho são Argélia, Bangladesh, Benim, Camboja, Camarões, Chile, República Dominicana, Fiji, Honduras, Indonésia, Jordânia, Malawi, Maldivas, Níger, Nigéria, Panamá, Togo e Uruguai.

Subnutridos

Já São Tomé e Príncipe e outros 17 países reduziram pela metade o número absoluto de pessoas subnutridas nos biénios, atingindo número 1 e o Objetivo da Cimeira Mundial sobre a Alimentação.

Os outros integrantes do grupo são Arménia, Azerbaijão, Cuba, Djibuti, Geórgia, Gana, Guiana, Kuwait, Quirguistão, Nicarágua, Peru, São Vicente e Granadinas, Samoa, Tailândia, Turcomenistão, Venezuela e Vietname.

Vontade Política

Para o Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva, o desempenho prova que com uma forte vontade política, coordenação e cooperação é possível conseguir reduções rápidas e duradouras da fome.

Graziano da Silva pediu a todos os países que mantenham a dinâmica com vista à erradicação completa da fome de acordo com o Desafio Fome Zero lançado pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, no ano passado.

Deficiências

A FAO refere que, a nível global, registou-se uma diminuição do fenómeno na última década.

Estima-se que 870 milhões de pessoas ainda estão subnutridas e milhões de pessoas sofrem as consequências das deficiências vitamínicas e minerais, incluindo a desnutrição infantil.

Neste domingo, os países devem ser reconhecidos numa Cimeira de Alto Nível da agência, em Roma.

*Apresentação: Denise Costa.