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Mais dois terços das pessoas sem eletricidade vivem em África e na Ásia

Mais dois terços das pessoas sem eletricidade vivem em África e na Ásia

Estudo com participação do Banco Mundial indica que total global de pessoas a serem alcançadas está em torno de 1,2 mil milhão; China lidera expansão de energias renováveis entre as maiores economias.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma pesquisa levada a cabo um grupo entidades indica serem necessários pelo menos US$ 600 mil milhões adicionais, anualmente, para garantir o acesso universal à energia elétrica até 2030.

O estudo “Monitorização Global do Quadro da Energia Sustentável para Todos”, lançado em Viena, refere que 20 países de África e da Ásia representam cerca de dois terços do 1,2 mil milhão de pessoas sem acesso à eletricidade. Oito em cada dez vive nas áreas rurais.

Eficiência

Cerca US$ 394 mil milhões do montante seriam alocados à eficiência energética, enquanto US$ 174 mil milhões seriam aplicados nas energias renováveis. O documento prevê ainda que US$ 45 mil milhões sejam investidos na expansão de energia, ficando os restantes US$ 4,4 mil milhões para o investimento na cozinha moderna para poupar energia.

Em todo o mundo, pelo menos 2,8 mil milhões de pessoas ainda recorre à madeira ou outros tipos de combustível da biomassa para cozinhar e aquecer as suas casas.

China

Por outro lado, as energias renováveis compõem 18% da matriz energética global, com a China a liderar a sua expansão pelas maiores economias mundiais, revela o documento.

Apesar de 1,7 mil milhão de pessoas terem ganho acesso à energia elétrica entre 1990 e 2010, o valor reflete uma ligeira evolução em relação ao crescimento populacional que aumentou 1,6 mil milhão no período.

Ritmo

Para para cumprir a meta de acesso até 2030, o grupo de entidades, que inclui o Banco Mundial, recomenda que seja duplicado o ritmo de expansão da electricidade.

Trata-se do primeiro de uma série de estudos para monitorizar os progressos da iniciativa Energia Sustentável para Todos, lançada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em 2011.