Índia pode ser líder global no setor de energia solar
Relatório do Banco Mundial fala sobre aumento da capacidade e redução do custo dos painéis solares; país pode diminuir dependência na importação de diesel e de carvão para gerar energia.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Banco Mundial acredita que a Índia possa vir a tornar-se líder no desenvolvimento de energia solar. Um relatório do órgão cita que em três anos, a capacidade do país subiu de 30 para 2 mil megawatts.
Com o lançamento da fase 1 do projeto nacional de energia solar em 2010, o custo do tipo de energia reduziu para $0,15 por kilowatts/hora, o que colocou a Índia entre os países com os valores mais baixos de energia solar.
Emissões
O Banco Mundial acredita que a energia solar pode reduzir a dependência indiana da importação de diesel e de carvão, diminuir as emissões de gases de efeito estufa e contribuir para a segurança energética.
O crescimento no setor vai permitir reduzir as emissões por unidade do seu Produto Interno Bruto entre 20-25% até o ano 2020.
Acesso
O diretor do Banco Mundial na Índia, Onno Ruhl, destaca que mais de 300 milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade no país. Conforme anunciou, a energia solar tem potencial para ajudar a enfrentar a escassez e desse modo ajudar no crescimento económico.
Mas o relatório também cita possíveis barreiras, como a falta de acesso ao financiamento de baixo custo; infraestrutura solar inadequada; a falta de matérias-primas para a fabricação de painéis solares e uma cadeia de fornecimento subdesenvolvida, pode levar a altos custos nos estoques.
O Banco Mundial recomenda à Índia que se concentre na promoção do financiamento de projetos de energia solar junto a bancos e que desenvolva infraestruturas adequadas, como parques solares.
*Apresentação: Eleutério Guevane.