Banco Mundial disponibiliza US$ 1 mil milhão para os Grandes Lagos
Montante foi anunciado na primeira visita conjunta do Secretário-Geral da ONU e do presidente do órgão; Monusco fala de lançamento de foguetes em confrontos entre o exército congolês e rebeldes em Goma.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Secretário-Geral iniciou, esta quarta-feira, uma visita à República Democrática do Congo, RD Congo, onde se juntou ao presidente do Banco Mundial.
Na primeira deslocação conjunta dos chefes das duas entidades, Ban Ki-moon e Jim Yong Kim abordaram a disponibilização de US$ 1 mil milhão pelo órgão, para financiar o desenvolvimento da região africana dos Grandes Lagos.
Apoio
O Secretário-Geral explicou a jornalistas que o investimento deve apoiar a implementação do Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para o país e região. O documento foi assinado em fevereiro, pelo presidente congolês, Joseph Kabila, e outros 10 líderes africanos.
O Banco Mundial refere que o financiamento, a juro zero, visa revitalizar o desenvolvimento económico, criar empregos e melhorar a situação das populações afetadas pelos conflitos regionais.
Confiança
Para os Estados dos Grandes Lagos, espera-se que com o impulso da atividade económica e o melhoramento dos meios de subsistência possam “aumentar a confiança, consolidar as economias e dar novas oportunidades.”
Ban Ki-moon e Jim Yong Kim encontraram-se com o presidente Kabila, e com vários governantes, no início da série de contactos que também deve envolver parlamentares e representantes da sociedade civil.
Goma
A deslocação ocorre num momento em que a Missão da ONU no país, Monusco, anunciou a continuação de combates pelo terceiro dia consecutivo na cidade de Goma, a capital provincial do Kivu Norte.
A missão refere que os confrontos entre o exército e rebeldes do grupo M23 foram acompanhados do lançamento de foguetes que geraram pânico na população.
Mortos
Agências noticiosas referem que os confrontos já provocaram pelo menos 19 mortos. Trata-se dos primeiros incidentes ocorridos após a retirada do grupo de dissidentes de exército de Goma, em novembro do ano passado.
A Monusco pediu contenção e referiu continuará a monitorizar a situação.