Nos Grandes Lagos, ONU e Banco Mundial discutem apoios a três países
Estabilização e impulso ao desenvolvimento económico na República Democrática do Congo, no Ruanda e no Uganda está na agenda dos chefes das duas entidades globais.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Os tipos de apoio à República Democrática do Congo, RD Congo, ao Ruanda e ao Uganda levam o presidente do Banco Mundial a juntar-se ao périplo do Secretário-Geral da ONU pela região africana dos Grandes Lagos.
A partir desta quarta-feira, Jim Yong Kim e Ban Ki-moon realizam a primeira viagem conjunta para abordar a ajuda a ser dada às três nações, no âmbito de um acordo assinado em fevereiro. O chefe da ONU deve seguir para a região, após a visita que está a efetuar a Moçambique.
Conflitos
O Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a República Democrática do Congo e os Grandes Lagos envolve 11 países africanos. O objetivo é pôr termo aos confrontos entre o governo congolês e grupos rebeldes, que têm impacto na região.
O Banco Mundial refere que a deslocação deve chamar a atenção para a situação dos países frágeis e afetados por conflitos, para que alcancem os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Além de ajudar a estabilizar a região, pretende-se impulsionar o seu desenvolvimento económico.
Pobreza
Ban Ki-moon defende que o acordo deve resultar em dividendos da paz como o desenvolvimento, oportunidades e esperanças para as populações que sofreram durante muito tempo.
Jim Yong Kim sublinhou a necessidade de garantir que a implementação dos aspetos políticos e de segurança “caminhem lado a lado com o desenvolvimento económico.”
O Banco Mundial disse que já investiu cerca de US$ 6,7 mil milhões no programa de desenvolvimento da RD Congo, US$ 2,5 mil milhões em Ruanda e mais de US$ 7,3 mil milhões em Uganda.