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Conferência sobre florestas discute metas do milênio pós-2015 BR

Conferência sobre florestas discute metas do milênio pós-2015

FAO disse que 870 milhões de pessoas no mundo passam fome diariamente; países tentam encontrar meios para que os sistemas agroflorestais possam contribuir para a nutrição e a segurança alimentar.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

Os países reunidos na Conferência Internacional sobre Florestas para Nutrição e Segurança Alimentar, em Roma, debatem as Metas do Milênio pós 2015.

O diretor da Divisão de Manejo e Conservação de Florestas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, Eduardo Mansur, falou sobre o assunto em entrevista à Rádio ONU, da capital italiana.

Agenda pós 2015

Mansur citou o trabalho da FAO no diálogo pós 2015.

“A agenda pós 2015 se baseia nos resultados dos objetivos do milênio. Um dos objetivos é, justamente, o ambiente sustentável, onde se enquadra o uso sustentável dos recursos naturais. Nós (FAO) estamos contribuindo com outras agências da ONU no tema de manejo sustentável das florestas e no manejo de áreas de montanha.”

No caso da preservação das montanhas, Mansur explicou que isso é muito importante por vários aspectos, incluindo a proteção dos recursos hídricos. 

Fome

Segundo a FAO, 870 milhões de pessoas no mundo passam fome diariamente. Com a previsão de um aumento da população mundial para mais de 9 bilhões de pessoas até 2050, a produção agrícola global deve expandir 60% até lá para suprir a demanda de alimentos.

A Conferência tem o objetivo de discutir especificamente como as florestas podem contribuir com a nutrição e a segurança alimentar.

Os países que participam do encontro querem explorar novas políticas que aumentem o papel das florestas, árvores e sistemas agroflorestais nesse sentido.

Água Potável

As matas cobrem aproximadamente um terço do planeta e servem de fonte de alimento e renda para 2 bilhões de pessoas.

As florestas também são fonte de 75% da água potável produzida no mundo, sem falar que elas ajudam a regular o impacto das tempestades e enchentes e consomem parte do gás carbônico despejado na atmosfera.