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ONU vai enviar missão de paz para o Mali BR

ONU vai enviar missão de paz para o Mali

Conselho de Segurança aprovou envio da tropa de capacetes azuis a partir de 1º de julho; objetivo será ajudar o governo de transição e estabilizar o país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Conselho de Segurança aprovou, esta quinta-feira, a criação da Missão das Nações Unidas para o Mali. A decisão de implementar a operação, com a sigla Minusma, foi tomada por unanimidade pelos 15 Estados-membros.

A missão terá uma tropa de 11,2 mil militares, incluindo batalhões de reserva “capazes de serem deslocados rapidamente por todo o país”. Uma força policial de  1,44 mil homens também será enviada para o país da África Ocidental.

Capacidade

Desde janeiro do ano passado, o Mali foi marcado por confrontos entre rebeldes islâmicos e tropas do governo. No princípio de 2013, o governo lançou uma ofensiva, apoiada por forças francesas, que resultou na recuperação de várias cidades do norte incluindo Tombouctou.

Os Estados-membros da ONU receberam pedidos para fornecer soldados e forças policiais com recursos e equipamentos adequados para “melhorar a capacidade de operação da Minusma.”

Grupos Armados

A resolução elogia ainda a ação das forças francesas para deter o que chama “ofensiva de terroristas, extremistas e grupos armados em direção ao sul do Mali”. O documento também elogia os esforços para restaurar a integridade territorial do Mali e das Forças de Defesa e Segurança do país.

O mandato da Minusma é estabilizar os principais centros urbanos e apoiar o governo de transição no restabelecimento da autoridade do Estado.

Neste momento, está em operação a Missão Internacional de Apoio ao Mali, liderada pelos Africanos, Afisma. A resolução prevê que ela continue até 1º  de julho. Os capacetes azuis da ONU só devem seguir para o local depois dessa data.

A resolução destaca que as ações da Minusma devem ser implementadas, especialmente, no norte,  para “evitar ameaças e o retorno de grupos armados.”

Por outro lado, o documento prevê ações de apoio às autoridades atuais na aplicação do roteiro de transição, incluindo o diálogo político nacional e o processo eleitoral. A Minusma deverá , igualmente, “proteger os civis e o pessoal das Nações Unidas, além de promover os direitos humanos.”

*Apresentação Edgard Júnior