FMI quer maior monitorização da banca comercial em São Tomé e Príncipe
Órgão destaca que grande parte das instituições não produziu lucro em 2012; autoridades recomendadas a avançar rapidamente com emendas ao projeto de lei sobre o branqueamento de capitais.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo Monetário Internacional, FMI, pediu ao Banco Central de São Tomé e Príncipe que leve a cabo uma monitorização de maior proximidade aos bancos comerciais.
Um grupo de especialistas do órgão, que visitou recentemente o país, destaca que a maioria das instituições não produziu lucro em 2012. Em comunicado, publicado esta terça-feira, é destacado o crescimento quase estacionário do crédito bancário e o aumento de empréstimos duvidosos.
Recapitalização
O FMI pede que, no âmbito das inspeções, seja recomendada a rápida recapitalização dos bancos pelos seus acionistas, caso se mostre necessário.
A missão do órgão disse ter chegado a acordo com as autoridades são-tomenses sobre questões políticas fundamentais para o restante período de 2013.
Política Fiscal
As previsões apontam para uma política fiscal em prol do crescimento e para que, a médio prazo, a inflação esteja a um dígito.
O FMI incentivou os esforços das autoridades para a mobilização de receitas através de impostos, a melhoria da administração aduaneira e o alargamento da base tributária.
Branqueamento de Capitais
As autoridades foram encorajadas a finalizar o projeto de emendas necessárias ao projeto de lei sobre o branqueamento de capitais e a sua submissão, o mais breve possível, à análise e aprovação do Parlamento.
O órgão destaca que em 2012, o crescimento económico de São Tomé e Príncipe atingiu 4 %, apesar de um ambiente internacional “muito desafiador” verificado, especialmente na Europa.
Projetos
A nível interno os obstáculos incluíram a fraca implementação de projetos, devido a dificuldades na obtenção de financiamentos externos.
A inflação anual continuou em tendência de queda para 10,5 %, tido como o nível mais baixo em 9 anos. Um dos motivos favoráveis foi a adoção do regime de câmbio fixo, refere o FMI.