Cheias e secas foram os principais desastres em África em 2012
Em todo o mundo, mais de 9,3 mil pessoas perderam a vida no ano passado; estudo aponta inundações na Nigéria como as mais mortíferas no continente africano com 300 mortos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Mais de 9,3 mil pessoas morreram devido a desastres no ano passado, anunciou, esta quinta-feira, o Escritório da ONU para a Redução de Riscos de Desastres.
Em todo o planeta, o número de afetados rondou os 106 milhões de pessoas e os prejuízos chegaram a cerca de US$ 138 mil milhões.
Secas e Inundações
Os dados revelados em conferência de imprensa, em Genebra, apontam a seca e as inundações como os maiores desastres ocorridos no continente africano. Mais de 300 pessoas morreram devido às inundações na Nigéria.
Os Estados Unidos, a Itália e a China foram os que tiveram os maiores prejuízos económicos.
Perdas
De acordo com o escritório, trata-se da primeira vez na história em que perdas económicas anuais ultrapassaram os US$ 100 mil milhões em três anos consecutivos. Os prejuízos foram sofridos em resultado do aumento na exposição dos ativos industriais e da propriedade privada a eventos de desastres extremos.
As perdas económicas das Américas correspondem a 63% do total, principalmente devido ao furacão Sandy. O fenómeno provocou prejuízos orçados em US$ 50 bilhões além da seca que fez danos de US$ 20 mil milhões.
Ondas de Frio
Cerca de mil pessoas morreram na Europa devido a duas longas ondas de frio no início e no final do ano.
Em termos de impacto humano, o relatório sublinha que 2012 distinguiu-se por “não ter registado mega desastres.” O tufão Bopha, que atingiu as Filipinas em dezembro, foi tido como o pior caso com mais de 1,9 mil mortos e desaparecidos.
O continente asiático é tido como o mais propenso a desastres do mundo, tanto em termos de número de desastres e do número de vítimas.