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Países lusófonos podem ter campanha comum sobre violência à mulher BR

Países lusófonos podem ter campanha comum sobre violência à mulher

Sugestão de Portugal será levada à Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, em maio; informação foi dada à Rádio ONU pela secretária portuguesa para Assuntos Parlamentares e de Igualdade, Teresa Morais.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Uma campanha contra a violência a mulheres lançada em conjunto por todos os oito países lusófonos em seus diferentes sotaques.

Essa é a proposta de Portugal para ajudar a combater a violência doméstica nas nações que falam o idioma. A iniciativa já começou a ser objeto de consultas informais entre representantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Implementação

A informação foi dada à Rádio ONU pela secretária para Assuntos Parlamentares e da Igualdade portuguesa, Teresa Morais, que explicou o processo de implementação da proposta.

“Vamos formalizá-la na próxima Cimeira, que Moçambique tenciona organizar em maio. Ainda hoje, a secretária de Estado timorense me disse que Timor-Leste estava 100% com esta ideia, que considerava importante. Ainda ontem, a senhora vice-ministra brasileira também me disse que embora o Brasil tenha campanhas próprias vê com muitos bons olhos uma campanha de caráter geral. Vamos formalizar esta proposta no sentido de que ela faça parte da ordem de  trabalhos da próxima reunião da Cplp.”

Protocolos e Acordos

De acordo com Teresa Morais, a campanha conjunta teria um tema comum sobre o problema da violência doméstica nas nações que falam o português. Ela disse que a Cplp tem vários protocolos a acordos na área, mas que ainda não foram implementados.

Segundo as Nações Unidas, sete em cada 10 mulheres irão sofrer agressões físicas ou sexuais em algum ponto da vida.

O combate à violência feminina foi um dos temas discutidos também durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher, neste oito de março.