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ONU condena ataques a crianças palestinas na Síria BR

ONU condena ataques a crianças palestinas na Síria

Menino de 14 anos não resistiu aos ferimentos após ser atingido por morteiro; em comunicado separado, relatores repudiaram morte de um prisioneiro palestino sob custódia israelense, em Israel.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A Agência de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, condenou a morte de um menino palestino de 14 anos, que vivia na Síria. Basem al-Hindi não resistiu aos ferimentos após ser atingido por um morteiro em uma das ruas da capital do país, Damasco.

Em nota, a Unrwa disse que ele foi atacado a poucos metros da escola da agência, onde estudava. O morteiro teria sido lançado 10 minutos após a saída da escola, onde 250 crianças palestinas estão matriculadas.

Concentração de Civis

Já um outro estudante foi ferido na explosão, que também matou um sírio e as duas filhas dele.

A Unrwa voltou a pedir a todos os lados do conflito que poupem as áreas residenciais e de grande concentração de civis.

Em um comunicado separado, o relator especial para os direitos humanos dos Territórios Palestinos, Richard Falk, pediu uma investigação da morte do prisioneiro palestino, Arafat Jaradat, que estava sendo interrogado pelos israelenses.

Equipe

Segundo Falk, a morte de um detento durante um interrogatório é sempre um motivo de preocupação. Ele disse que a melhor maneira de investigar seria pela criação de uma equipe forense internacional sob a tutela do Conselho de Direitos Humanos.

A organização de direitos humanos israelense B’tselem disse que mais de 700 detentos palestinos já reclamaram dos agentes de segurança de Israel, alegando maus tratos durante interrogatórios.

De acordo com a nota de Falk, Israel informou que o detento morreu de um ataque do coração, mas o médico-legista palestino disse que havia “sinais de tortura no corpo de Jaradat.”.

Natural de Hebrom, ele tinha dois filhos, e a mulher está grávida do terceiro.