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Comboio com investigadores da ONU, atacado na Síria, promete retornar BR

Comboio com investigadores da ONU, atacado na Síria, promete retornar

Um dos veículos que transportavam inspetores de armas para o local de um suposto ataque químico, foi alvejado por atiradores não identificados; equipe voltou para um dos postos de segurança do governo e regressará ao local assim que o carro for substituído.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.*

O porta-voz do Secretário-Geral da ONU informou que um dos veículos que transportava a equipe de inspetores de armas das Nações Unidas, foi atacado nesta segunda-feira, na Síria.

O carro, alvejado várias vezes por atiradores não identificados, estava a caminho de Ghouta, o local onde ocorreu um suposto ataque químico, no último dia 21, perto da capital Damasco. Os inspetores retornaram a um posto de segurança do governo sírio. O grupo informou que tentará voltar mais tarde ao local.

Cooperação

Segundo agências de notícias, a ação aconteceu numa área de segurança, onde não poderia haver pessoas armadas. Ninguém ficou ferido no ataque.

O porta-voz pediu cooperação a todos os lados envolvidos no conflito para que os inspetores possam realizar o trabalho com segurança.

Investigação

Antes de o comboio ter sido alvejado, o Secretário-Geral, que está na Coreia do Sul, disse que cada minuto conta e que as investigações não podem atrasar mais. Ban afirmou que o mundo inteiro está de olho na Síria e preocupado com a ameaça ou uso de armas químicas.

O chefe da ONU exigiu que as forças do governo e da oposição permitam que a missão de investigação das Nações Unidas siga com os trabalhos para que se possa começar a estabelecer os fatos.

Ban disse ainda que se for comprovado o uso de armas químicas, por alguém sob qualquer circunstância, isso significa uma violação séria da lei internacional. Ele afirmou que não se pode permitir impunidade no que parece ser um grave crime contra a humanidade.

Atrocidade

Nesta segunda-feira, a presidente da Comissão da ONU sobre os Direitos da Criança, Kirsten Sandberg, classificou como uma atrocidade o alegado uso de armas químicas perto de Damasco, e a morte de dezenas de menores.

Segundo ela, o ataque representou uma grave violação dos direitos das crianças e também um exemplo de como essas proteções estão sendo desrespeitadas com o aprofundamento do conflito no país.

Sandberg afirmou que mais de 7 mil crianças sírias já morreram desde o início da crise há mais de dois anos.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley.