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Brasil diz que caso da Guiné-Bissau precisa de mais harmonia

Brasil diz que caso da Guiné-Bissau precisa de mais harmonia

Em entrevista à Rádio ONU, titular da pasta das Relações Exteriores do país referiu que papel deve ser desempenhado pelas Nações Unidas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, disse que as Nações Unidas devem fazer com que haja harmonia entre vários atores para a solução da crise na Guiné-Bissau.

A ONU apoia esforços para estabilizar o país de língua portuguesa, após o golpe de estado militar de 12 de Abril do ano passado. Entre as entidades envolvidas no processo estão a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp.

Diálogo

As declarações do chefe da diplomacia brasileira foram feitas numa entrevista exclusiva à Rádio ONU, em Nova Iorque, antes de participar no diálogo de alto nível, no Conselho de Segurança, sobre a proteção de civis em conflitos.

“Há exemplos de boa coordenação mas também, às vezes, existem situações em que nós vemos uma certa cacofonia. No caso da Guiné-Bissau, por exemplo, em que as mensagens não se harmonizam suficientemente entre o que está dizendo a Comunidade dos Países da África Ocidental e entre o que dizem outros atores importantes. O papel das Nações Unidas deve ser o de fazer com que todos trabalhem em harmonia”, referiu.

Ordem Constitucional

A comunidade internacional tem lançado repetidos apelos em prol do de um governo civil e a restauração da ordem constitucional no país, que é administrado por autoridades interinas.

No seu relatório mais recente sobre a situação do país, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, apontou  que a insegurança e a impunidade são ainda problemas graves na Guiné-Bissau.

O documento, lançado no início deste mês aponta, entretanto, para medidas tomadas pelas várias partes com vista ao avanço do processo de transição.