Países pedem mais ação para reduzir vazamentos de gás natural
Segundo Pnuma, 8% da produção mundial é perdida por ventilação, vazamento e queima; Coalisão do Clima e do Ar Limpo que ampliar projetos com companhias de petróleo e de gás.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Ministros de vários países divulgaram uma nota nesta segunda-feira pedindo ação acelerada para reduzir a ventilação, o vazamento e a queima de gás natural.
Segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, a Coalisão do Clima e do Ar Limpo pretende trabalhar com grandes companhias de petróleo e de gás para a redução de emissões de metano e carbono.
Perdas Anuais
A Coalisão é formada por várias nações, incluindo Alemanha, Austrália, Canadá, Colômbia, Etiópia, Israel, México e outras. O Pnuma destaca que mais de 8% da produção mundial de gás é perdida todos os anos devido a vazamentos.
Além da perda econômica variar entre US$ 27 a US$ 63 bilhões, essas atividades resultam em quase duas gigatoneladas de gás carbônico equivalentes às emissões de gases de efeito estufa por ano.
Mais de 80% são emissões de metano, fazendo com que as operações de petróleo e de gás sejam a segunda maior fonte global de metano, atrás apenas da produção agrícola, afirma o Pnuma.
Mudanças
A Coalisão do Clima e do Ar Limpo quer ajudar as companhias a expandir as reduções de forma voluntária, onde há oportunidades de baixo custo para a mudança.
A ideia é trabalhar com as principais produtoras de petróleo e gás na criação de iniciativas que levem a benefícios significativos para o clima, qualidade de ar, saúde, meio ambiente e economia.
A Coalisão do Clima e do Ar Limpo é uma parceria global que une governos, organizações intergovernamentais, setor privado e sociedade civil. Criada no ano passado, o objetivo é reduzir poluentes como o metano, carbono e hidrofluorocarbonetos.
De acordo com o Pnuma, ações agressivas de combate a esses poluentes poderia levar à queda de 0,5°C do aquecimento global até 2050, prevenindo mais de 2 milhões de mortes prematuras por ano e evitando que 30 milhões de toneladas de plantações sejam perdidas até 2030.