Prioridade de agências é a proteção de civis em Goma, indica ONU
Ocha enviou especialista em proteção para discutir o assunto com as autoridades da República Democrática do Congo; na capital da província do Kivu-Norte decorre a vacinação e a reabilitação de centenas de escolas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A prioridade da comunidade humanitária na cidade congolesa de Goma continua a ser a proteção de civis, dos seus funcionários, a segurança dos locais e dos acampamentos de deslocados.
A informação foi dada pelo Escritório da ONU para a Assistência Humanitária, Ocha, que anunciou o envio de um especialista em proteção para discutir o assunto com as autoridades locais.
Rebeldes
Em finais de Novembro, a capital provincial de Kivu Norte foi ocupada pelos rebeldes do M23, numa ofensiva que provocou mais de 130 mil deslocados. A ação foi condenada pela comunidade internacional, incluindo o Secretário-Geral da ONU.
De acordo com o escritório, o perito deve reunir com representantes provinciais, da missão de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo, Monusco, além de parceiros humanitários.
Homens Armados
A medida seguiu-se à deslocação do coordenador Humanitário na RD Congo, Moustapha Soumare à capital da província do Kivu-Norte. O representante visitou o acampamento de deslocados internos Mugunga III.
O local foi recentemente atacado por homens armados que saquearam alimentos, pertences e estupraram mulheres. Soumaré disse que a deslocação foi marcada por frequentes pedidos pela paz por parte das famílias locais.
Auxílio
O Ocha aponta que milhares de pessoas já receberam auxílio alimentar desde o início de Dezembro em Goma, com destaqie para o envio de cerca de 92 toneladas de biscoitos energéticos pelo Programa Mundial da Alimentação.
Por outro lado estão a ser distribuída água potável e artigos humanitários, ao mesmo tempo que decorrem campanhas de vacinação e a reabilitação de centenas de escolas.