Chefe de agência humanitária na RD Congo pede proteção de civis
Em comunicado, Moustapha Soumare, diz que pelo menos 130 mil pessoas estão deslocadas em acampamentos ao redor de Goma, capital do Kivu Norte após combates entre tropas do governo e militares rebeldes do M23.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Escritório das Nações Unidas para Assistência Humanitária, Ocha, afirmou que a segurança e proteção dos civis devem ser uma prioridade das implementações da Declaração de Campala para a República Democrática do Congo.
Após a declaração, o movimento de militares rebelados M23 concordou em se retirar de Goma, a capital do Kivu Norte, que tem sido alvo de confrontos entre o grupo e tropas do governo.
Controle
De acordo com a o coordenador humanitário na RD Congo, Moustapha Soumare, 130 mil pessoas estão deslocadas e vivem em acampamentos ao redor de Goma. A maioria fugiu para os locais, nas últimas duas semanas, quando se intensificaram os combates pelo controle da cidade.
Goma tem cerca de 800 mil habitantes. Várias agências humanitárias estão a aumentar a assistência para a região. Os carregamentos incluem água, alimentos e material médico especialmente para os feridos nos confrontos.
Vítimas
O Ocha no país africano pede ajuda urgente para as vítimas de violência sexual, e crianças separadas das famílias durante os combates.
Soumare informou que muitos deslocados retornam à casa, mas que milhares ainda estão em fuga devido ao que chamou de um aumento de “ataques brutais” em outras áreas da província de Kivu Norte, em especial Masisi.
Até o momento, pouco mais da metade do montante para financiar o Plano de Ação Humanitária foi entregue. A RD Congo continua a sofrer com doenças como cólera, sarampo e níveis altos de má nutrição e insegurança alimentar.
*Apresentação: Eleutério Guevane.