Congresso mundial discute direitos ignorados de mulheres com HIV
Para Onusida, profissionais da saúdem devem tomar a liderança contra maus tratos de pacientes, especialmente as marginalizadas; encontro em Roma segue até sexta-feira.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Federação Internacional da Ginecologia e Obstetrícia, Figo, organiza em Roma, na Itália, um congresso mundial sobre saúde da mulher e direitos reprodutivos.
Falando no encontro, o vice-diretor do Programa Cojunto da ONU sobre HIV/Sida, Onusida, destacou que organizações como a Figo devem tomar a liderança contra os maus tratos de pacientes, especialmente mulheres marginalizadas e vivendo com o HIV.
Violações dos Direitos
Segundo Paul de Lay, “instituições de saúde detém um grande poder político”. O representante da Onusida lembrou que “o que é falado por profissionais da saúde é aceite e confiado pelas comunidades”.
Os participantes do congresso ressaltam que muitas vezes, os direitos das mulheres com o HIV/Sida são ignorados.
A esterilização forçada foi mencionada como a mais “grave violação aos direitos humanos.” Desde 2008, foram reportados casos de esterilização em pacientes com HIV no Quénia, na África do Sul, na Zâmbia, na Venezuela e no Chile.
Prevenção
O painel destaca que a falha em resolver esses desafios poderá resultar em menor acesso das mulheres à terapia antiretroviral e a serviços de prevenção da transmissão de mãe para filho.
O vice-diretor do Onusida, Paul de Lay, acrescentou que as associações profissionais de saúde podem ser uma voz contra tais injustiças. O Congresso Mundial da Figo prossegue até sexta-feira.
*Apresentação: Eleutério Guevane.