OIT diz que crise não pode ameçar regras internacionais de trabalho
Declaração partiu do novo diretor da agência, Guy Ryder, em seu primeiro dia no posto, nesta segunda-feira, em Genebra.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, está advogando mais promoção e preservação das regras laborais ao mesmo tempo em que o mundo tenta se recuperar da crise econômica.
A declaração é do novo diretor-geral da agência, Guy Ryder. Em entrevista, nesta segunda-feira, em Genebra, em seu primeiro dia no posto, ele afirmou que a urgência na criação de mais postos de trabalho não deve ser pretexto para que padrões internacionais sejam abandonados.
Acordos Coletivos
Falando à Rádio ONU, a representante da OIT em Nova York, Telma Viale, disse que um mundo com 200 milhões de desempregados tem que dar espaço a mais diálogo.
“Qualquer coisa que tenha de ser tirada do direito dos trabalhadores, deve ser consultada e negociada dependendo dos acordos coletivos. O convite é que haja os direitos presentes e negociações onde podem ser acordadas mutuamente. Senão podem ocorrer trocas que podem ter consequências piores como atrasar a economia. Se há greves podem fazer perder dinheiro. Tudo isso é importante para incentivar os trabalhadores dentro de um momento de crise, que estes tenham a voz sobre as mudanças, porque podem entender algumas e trabalhar juntos”, referiu.
Famílias Pobres
Guy Ryder citou estatísticas sobre o emprego na Europa. Segundo ele, metade das famílias pobres sobrevive com os rendimentos de um assalariado. O novo chefe da OIT disse que as políticas nacionais e internacionais devem definir a criação de empregos como prioridade no combate à crise. A OIT promete apoiar os países “na busca de soluções negociadas e acordadas com base no diálogo social.”