OIT defende oportunidade de garantia para empregar jovens
Novo diretor da agência, Guy Ryder, fala do impacto do desemprego no ciclo de vida da juventude; estima-se que mais de 75 milhões de jovens estejam sem trabalho em todo o mundo.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, defendeu o investimento em regimes de garantia para criar maior acesso ao emprego para a juventude. Estima-se que mais de 75 milhões de jovens estejam sem trabalho em todo o mundo.
O novo diretor da agência, Guy Ryder, disse estar provado que o ciclo de vida de um jovem fica afetado se este não tiver trabalho durante os primeiros dois anos do início da sua carreira.
Associação
Falando à Rádio ONU, de Nova Iorque, a representante da OIT junto das Nações Unidas, Telma Viale, disse que devem ser associadas as vertentes profissional e a académica.
“Têm que dar as condições mínimas para ajudar essa geração a estudar e também criar os lanços entre o mercado de trabalho, os conhecimentos dos que pretendem entrar no mercado de trabalho. Essa ligação é importante e pode se fazer com políticas. Nas propostas de concertação social deve-se ajudar essa juventude que está no momento de crise a dar um mínimo para que possa estudar. Mas são as duas coisas juntas”, referiu.
Garantia
A OIT defende que fora do mercado de trabalho e da educação “não há possibilidade de uma garantia de obtenção de experiência ou de formação complementar.”
O combate ao desemprego juvenil é tido como fundamental para aliviar a crise económica global, o que leva Ryder a defini-lo como prioridade para nos próximos meses a ser implementada “rapidamente, porque ser uma emergência.”
Ryder salientou que a qualidade do trabalho também é uma questão crítica - não só para os indivíduos, mas também para a economia global.