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ONU reage a mortes e violações de direitos humanos na RD Congo

ONU reage a mortes e violações de direitos humanos na RD Congo

Escritório de Direitos Humanos da ONU aponta ocorrência de mais de 45 ataques em 35 aldeias e vilas no território de Masisi, na província do Kivu Norte.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Grupos rebeldes mataram dezenas de civis e provocaram milhares de deslocados na província do Kivu Norte, na República Democrática do Congo, desde o início deste mês.

De acordo com uma nota do Escritório de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o envolvimento de grupos armados em ataques a civis resultou  em violações graves. Os atos incluem massacres, destruição e saque de propriedades, bem como o deslocamento em massa de milhares de pessoas.

Ataques

O representante do Escritório no país, Scott Campbell, referiu que durante o período teriam ocorrido mais de 45 ataques em 35 aldeias e vilas no território de Masisi.

A alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, indica que o número de mortes está a ser investigado, mas resultados preliminares apontam que várias mulheres e crianças teriam sido vítimas dos rebeldes.

Crueldade

De acordo com Pillay, a crueldade dos assassinatos “supera qualquer entendimento e poderá constituir crime contra a humanidade.”

Em Abril, desertores do exército do país criaram o movimento armado denominado M23, que atua no leste da RD Congo. A ONU refere que ocorrem esforços para conter o grupo, por parte do exército congolês apoiado pela Missão das Nações Unidas no país, Monusco.

As ações conjuntas criaram um vazio de segurança em áreas do leste do RD Congo, tornando a maioria das províncias e das áreas remotas vulneráveis aos grupos armados, que alargam o seu território e atacam civis.