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ONU volta a defender Acordo sobre Comércio de Armas

Para Secretário-Geral Ban Ki-moon, armas pequenas ilegais espalham medo, insegurança e multiplicam criminalidade; mais de 500 mil pessoas morrem todos os anos por armas de fogo, em todo o mundo.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas voltaram a pedir a criação imediata de um Acordo sobre o Comércio de Armas.

Em mensagem, lida pelo vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, a organização lembrou que, todos os anos, 500 mil pessoas morrem vítimas de armas de fogo.

Pirataria

De acordo com o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, as armas pequenas ilegais são a escolha de quem se levanta contra governos eleitos democraticamente, espalham medo e insegurança e multiplicam os efeitos da criminalidade.

A mensagem foi apresentada, nesta segunda-feira, na sede da ONU, durante a abertura da Conferência sobre o Programa de Ação sobre Armas Pequenas e Ligeiras.

Segundo as Nações Unidas, o custo do uso massivo e destrutivo de amas em conflitos armados, pirataria, guerras de gangues e crimes relacionados à violência é bem documentado.

Desvio

A maioria das vítimas das armas leves é civis e pessoas que vivem em países pobres. Ban Ki-moon lembrou que desde a adoção do Programa de Ação, em 2001, houve avanços no combate ao comércio ilegal deste tipo de armamento.

Mas ainda há desafios como o tráfico ilegal de armas e o desvio para as mãos de terroristas e do crime organizado.

A ONU afirma que ainda há pouca cooperação entre os países para combater o tráfico, e que muitas áreas que estão sob embargo do Conselho de Segurança continuam recebendo armamentos.