Catarina de Albuquerque aborda ganhos com “água das chuvas” na Cplp

Em visita a ilhas do Pacífico relatora especial da ONU para o Direito à Água e Saneamento fala de exemplos a seguir pelos países de língua portuguesa para melhor aproveitamento do recurso.

[caption id="attachment_209490" align="alignleft" width="350" caption="Captação da água da chuva pode contribuir"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

A relatora especial para o Direito à Água e Saneamento recomenda que seja impulsionada a captação e o uso de água das chuvas nos países de língua portuguesa com vista a cobrir necessidades de saneamento básico.

Catarina de Albuquerque visita Kiribati, um dos pontos da sua deslocação às ilhas do Oceano Pacífico, consideradas as mais ameaçadas pelas maunças climáticas, por estarem a pouco mais de 1 metro acima das águas do mar.

Países Africanos

Falando à Rádio ONU, de Suva, capital das Ilhas Fiji, a perita citou o exemplo de programas locais, apoiados pela União Europeia e da Itália, nos quais um tanque de água de 10 mil litros era doado a cada família para garantir a realização do direito à água.

“E algumas recomendações que fiz ao governo foram no sentido de aumentar a capturar a água das chuvas. Essa minha recomendação aplica-se ao Brasil, a Portugal, aos países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste. A água da chuva chega-nos às mãos de graça, se a podermos capturar ao invés de deixarmos que ir de novo ao mar e para os rios era a um grande ganho para todos nós, para lavar as nossas casas, para lavar os autoclismos das casas de banho e se tratava também para beber.”

Tuvalu foi o primeiro ponto da visita de Catarina de Albuquerque. Juntamente com a Ilha de Kiribati, o país está a braços com a escassez de água para os cerca de 10 mil habitantes.

Relativamente às nações de língua portuguesa, a relatora disse que mais recomendações devem ser transmitidas em contactos que espera vir a ter,  com destaque para o primeiro a decorrer no Brasil em Março de 2013.