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Cineastas do Brasil, África e Caribe querem promover cultura africana BR

Cineastas do Brasil, África e Caribe querem promover cultura africana

Evento co-organizado pela Unesco enfatiza diversidade cultural; três brasileiros representam o país, na lista de quase 50 cineastas, que inclui o americano Danny Glover.

Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova York. *

Cineastas querem promover a influência da cultura africana no cinema mundial. Quase 50 profissionais da indústria estão reunidos no segundo Encontro de Cineastas da África, do Brasil e do Caribe até esta terça-feira, em Santo Domingo, capital da República Dominicana.

O evento é co-organizado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

Cultura

Três brasileiros representam o país no encontro, incluindo Joel Zito Araújo. Nesta entrevista à Rádio ONU, de Santo Domingo, o cineasta fala sobre a mudança do padrão atual.

“Tanto nas telas da televisão quanto nas telas do cinema o que reforça a identidade negra e indígena são ainda uma minoria. O cinema, mais preocupado com o mercado, tende a repetir estereótipos dentro de um contexto mais tradicional, em que a maior parte dos personagens são brancos e que não reflete a cara do povo das ruas. Então por isso eu acho esse encontro importante. Ele tem esse objetivo de buscar estabelecer políticas comuns para que a gente consiga mudar essa realidade”.

Segundo o coordernador do Programa Cultural do escritório regional da Unesco, Fernando Brugman, o encontro enfatiza a promoção da diversidade cultural, além de demonstrar como a cultura pode contribuir com o desenvolvimento sustentável.

Os outros profissionais da indústria vêm de 26 países da África, do Caribe, das Américas e da Europa, como o ator e produtor americano Danny Glover.

Debates

Durante quatro dias, os profissionais do ramo se reúnem para debater maneiras mais eficazes para produzir e disseminar o cinema africano e afro-descendente no mundo.

O documento final do primeiro encontro que ocorreu ano passado, mencionou a necessidade de uma maior participação do Brasil nessas iniciativas, tendo em vista “a importância do patrimônio africano na identidade brasileira.” A declaração elogiou ainda o encontro anual de Cinema Negro no Centro Afro Carioca de Cinema.

*Apresentação: Leda Letra.