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Mais de 200 milhões de mulheres sem acesso a contracetivos

Mais de 200 milhões de mulheres sem acesso a contracetivos

ONU aponta que número inclui adolescentes e jovens; mensagem do Dia Mundial da População, assinalado a 11 de Julho, pede fim de lacunas entre a procura e a oferta de cuidados de saúde reprodutiva.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Mais de 200 milhões de mulheres, adolescentes e jovens não podem ter acesso a métodos contracetivos, indica o Secretário-Geral da ONU.

Numa mensagem alusiva ao Dia Mundial da População, assinalado neste 11 de Julho,  Ban Ki-moon observa que o facto está aliado à falta de fundos para cobrir programas de planeamento familiar voluntário.

Desenvolvimento

O pronunciamento realça também o facto de a saúde reprodutiva ser indispensável na equação do desenvolvimento sustentável.

Para Ban, mulheres e jovens saudáveis, com poder e meios para tomar as suas próprias decisões sobre quando e quantos filhos ter, são mais capazes de contribuir para o desenvolvimento de suas sociedades.

Cuidados

A ONU estima que no mundo em desenvolvimento, apenas uma em cada três mulheres rurais recebe cuidados adequados durante a gravidez.

Um apelo foi lançado pelo Secretário-Geral para que haja ação consertada dos países para cobrir a lacuna entre a procura e a oferta de cuidados de saúde reprodutiva, tida como essencial para o desenvolvimento sustentável e redução da pobreza.

População

Ban lembra que a população mundial mais do que triplicou desde que a ONU foi criada em 1945.

Com os mais de 7 mil milhões de pessoas a habitar atualmente o mundo, o Secretário-Geral chama a atenção para demandas cada vez maiores de recursos e desafios para cumprir os objetivos de desenvolvimento.