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Angola quer entidade da ONU dedicada ao desenvolvimento sustentável

Angola quer entidade da ONU dedicada ao desenvolvimento sustentável

Na Rio+20, Luanda pede sustentabilidade nos processos de tomada de decisão; vice-presidente de Angola indicou iniciativas para facilitar a integração regional e cooperação.
 

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vice-presidente de Angola, Fernando Dias dos Santos, avançou a proposta de criação de uma entidade da ONU que se dedique ao desenvolvimento sustentável.

No pronunciamento feito em nome do seu país, no Rio de Janeiro, o representante reafirmou o compromisso político das autoridades em lidar a questão, a nível local e internacional.

Decisão

“Para garantir a incorporação da sustentabilidade nos processos de tomada de decisão, apela os parceiros para a necessidade de plena implementação dos seus compromissos e propõe a criação de uma agência especializada das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável”, indicou

Dias dos Santos realçou iniciativas transfronteiriças que visam a proteção da biodiversidade como os casos da floresta de Marombei, partilhada pelo seu país, a República Democrática do Congo, a República do Congo e do Gabão.

Integração

O projeto Okavango-Zambeze, que envolve a Zâmbia, o Zimbábue, a Namíbia e o Botsuana foi referido pelo vice-presidente, como uma da ações para facilitar a integração regional e a cooperação.

O conceito de economia de economia verde foi também tema da intervenção do vice-presidente angolano.

Pobreza

“As bases da economia verde devem ser construídas a partir das experiências nacionais em relação à gestão racional e sustentável dos recursos naturais em prol da satisfação das necessidades básicas da população. A economia verde deve ser vista como um instrumento eficaz que contribua para a erradicação da pobreza, a autossuficiência alimentar e resposta satisfatória aos problemas sociais e de qualidade de vida das populações”, vincou.

Angola reafirmou o seu apoio à posição africana, que com base nos desafios do continente recomendando a renovação do compromisso político para o desenvolvimento sustentável e a implementação global da economia verde

Luanda garantiu ainda que vai continuar a implementar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, avançados pelas Nações Unidas, no âmbito envidar esforços de reconstrução nacional.