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Custos humanitários aumentam para mais de US$ 1,6 mil milhões no Sahel

Custos humanitários aumentam para mais de US$ 1,6 mil milhões no Sahel

Ocha alerta que a situação de cerca de 18,7 milhões de pessoas continua a agravar-se; no princípio do ano,  US$ 720 milhões foram pedidos pela ONU e seus parceiros humanitários.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O custo da resposta humanitária à crise alimentar na região africana do Sahel atingiu US$ 1,6 mil milhões, refere o escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha.

 As necessidades de financiamento mais do que dobraram comparativamente aos US$ 720 milhões pedidos pela ONU e pelos seus parceiros humanitários no princípio deste ano, indica o escritório.

 Combinação

 O Ocha destaca ainda que a situação de cerca de 18,7 milhões de pessoas continua a agravar-se devido à combinação da seca, chuvas esporádicas, más colheitas, preços alimentares, deslocamentos e insegurança.

Os países que requerem uma resposta humanitária urgente são Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Chade, Níger, Camarões, Gâmbia, Nigéria e Senegal.

Insegurança

O coordenador humanitário da ONU para África Ocidental, David Gressly, indica que a evolução nos montantes acompanha o aumento do número de pessoas em insegurança alimentar no Sahel. Segundo alertou, o fator, aliado a assistência não sustentada, pode fazer fracassar os esforços de recuperação.

Atualmente, o Ocha indica ter cerca de 40% dos fundos necessários, o equivalente a US$ 650 milhões.

Gressly referiu que a situação não é da mesma magnitude que a do Corno de África no ano passado. O representante indicou, entretanto, tratar-se de uma crise importante, que pode levar muitos afetados a “enfrentar um risco significativo de morte, caso não seja atendida.”