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Cabo Verde com África e pequenas Ilhas Atlânticas na bagagem para a Rio+20

Cabo Verde com África e pequenas Ilhas Atlânticas na bagagem para a Rio+20

Embaixador do país junto das Nações Unidas pede avanços, convergências e solidariedade; país pede atenção à questão das mudanças climática e falta de financiamento para o desenvolvimento.

[caption id="attachment_217993" align="alignleft" width="350" caption="António Lima"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O embaixador de Cabo Verde junto das Nações Unidas, António Lima, disse que Cabo Verde quer ver abordadas as crises no continente africano e a vulnerabilidade das pequenas Ilhas Atlânticas na Rio+20.

O diplomava falou à Rádio ONU, no Rio de Janeiro, à margem das negociações em torno da declaração final a ser assinada pelos chefes de Estado e de governo que participam na Conferência, a decorrer entre 20 e 22 de Junho.

Solidariedade

“Seria lamentável chegar ao fim desta conferência, depois de 20 anos e não constatar avanços, convergências e solidariedade. Porque, infelizmente, no mundo em que vivemos tem que haver solidariedade. Alguns, que têm mais, têm que financiar, os que não podem devem aguentar. Há que fazer tudo para que possamos ter sucesso, porque, à medida que vamos discutindo, parece uma coisa abstrata mas, debaixo e atrás disso, as populações estão lá”, referiu.

As preocupações do país vão desde a situação das mudanças climáticas, passam pela falta de financiamento para o desenvolvimento e para as crises económica e alimentar que afetaram países de África.

Expectativas

Lima, disse esperar resultados positivos com vista ao desenvolvimento sustentável, apesar de lembrar que o mundo teve expectativas frustradas “com a Cimeira de Copenhaga.”

Conforme advertiu, a situação difícil de vários países “exige solidariedade e os mais vulneráveis, que passam por problemas, carecem de respostas urgentes com o perigo que venham a piorar.”

António Lima referiu-se ao exemplo do Corno de África, advertindo que a Rio +20 deve “resolver problemas concretos, de populações concretas em situações concretas.”