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Ampliação de Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, é debatida no Rio BR

Ampliação de Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, é debatida no Rio

Segundo chefe do Pnuma, mais de 140 países querem que programa se transforme em agência; declaração foi feita durante evento preparatório para conferência Rio + 20.

[caption id="attachment_214404" align="alignleft" width="350" caption="Achim Steiner, chefe do Pnuma"]

Damaris Giuliana, do Rio de Janeiro para a Rádio ONU.*

Fortalecer o pilar ambiental para o desenvolvimento sustentável. Este parece ser o consenso entre a sociedade civil, organizações não-governamentais, o Governo Brasileiro e autoridades internacionais.

O grupo se reuniu, nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro para um debate sobre governança ambiental. O evento, promovido pelo governo, serve de preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, marcada para 20 a 22 de junho. Mas no evento, foi debatida também a possibilidade de o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, se tornar uma agência com responsabilidades ampliadas.

Mudanças

O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, que participou da reunião, afirmou que cerca de 140 países apoiam as mudanças.

“A maioria dos países deu sinal de que a criação de uma agência especializada para o meio ambiente é justificável e é por isso que acredito que essa discussão é legítima e séria. Por que não dar para a agenda ambiental a mesma autoridade de governança que é dada para as agências de turismo, navegação, saúde e cultura, por exemplo?”

Segundo a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, todos os países necessitam investir na área ambiental, ter visão mais econômica sobre as questões do setor, além de ampliar a participação da sociedade civil em questões estratégicas da nova agenda de sustentabilidade.

Futuro

“Nós não estamos falando sobre um futuro, como se falava 40 anos atrás, em Estocolmo, nem como se falava 20 anos atrás na Rio-92. Nós estamos falando da urgência do presente, de uma situação que vai exigir de todos os países do planeta, num novo contexto mundial, uma leitura mais ambiciosa sobre sustentabilidade, desenvolvimento e os novos caminhos que devem ser oferecidos pra isso.”

Segundo a ministra, o Brasil continuará trabalhando por mecanismos de mudança na escala de implementação do desenvolvimento sustentável, mas para ela, alcançar esse objetivo não significa necessariamente dar ao Pnuma o “formato de agência”.

*Apresentação: Mônica Villela Grayley com reportagem do Unic-Rio.