Unicef quer melhorar tratamento da malnutrição severa em Angola
Mais de três em cada dez crianças com problemas de nutrição estão em situação de malnutrição severa; agência apoiou a formação de técnicos nacionais para abordar a questão.
[caption id="attachment_208703" align="alignleft" width="350" caption="Crise de segurança alimentar"]
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, enfatizou a necessidade de reforçar o combate aos problemas de nutrição aguda, a nível comunitário, para abordar os casos mais severos em Angola. O problema afeta mais de três em cada dez crianças.
Em entrevista à Rádio ONU, de Lunda, o representante da agência no país, Koen Vanormelingen, disse que as intervenções devem ter em conta diversos fatores.
Resposta Estrutural
“Obviamente, a malnutrição crónica precisa de uma resposta estrutural que não é apenas dar mais comida ou fazer o tratamento para o resolver. Isso implica educar as mães, reduzir a pobreza e ter um emprego suficiente para melhorar a renda familiar, pois a malnutrição é apenas um sintoma da pobreza. Neste momento, estamos na situação de crise de segurança alimentar que se demonstra através da malnutrição aguda”, indicou.
Na semana passada, a agência apoiou a formação de oito técnicos do país para abordar a questão da malnutrição severa, num processo que, como defende, deve ser contínuo.
Produção
A diminuição das chuvas e a consequente baixa da produção agrícola ditou a existência de meio milhão de crianças afetadas pela malnutrição aguda.
De acordo com o representante, é necessária uma resposta multissetorial que envolve impulsionar a segurança alimentar das famílias, tratar os casos da malnutrição severa e melhorar capacidade de resposta das famílias para a crise.