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Debate na ONU discute presença feminina em carreiras de tecnologia BR

Debate na ONU discute presença feminina em carreiras de tecnologia

Evento, na semana passada, ressaltou necessidade de mudar atitudes para encorajar meninas a trabalhar na área; jovem com deficiência rara falou sobre papel da tecnologia na vida dela.

Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova York. *

Um evento, realizado na sede das Nações Unidas, em Nova York, debateu a presença de mulheres no ramo da tecnologia. O encontro, na quinta-feira passada, foi organizado pela União Internacional de Telecomunicações, UIT, e definiu uma estratégia para atrair meninas para carreiras na área.

O secretário-geral da UIT, Hamadoun Touré, afirmou que, na próxima década, haverá cerca de 2 milhões de empregos a mais, no setor, do que o número de jovens qualificados.  Ele ressaltou que “esta é uma grande oportunidade para meninas e jovens, em um mundo onde há mais de 70 milhões de jovens desempregados”.

Mitos

Touré acrescentou que existem mitos que afastam meninas da área da tecnologia, e que mulheres de sucesso no ramo podem “servir de modelo para a próxima geração”.

O debate foi um dos muitos eventos organizados em mais de 70 países, para marcar o “Dia das Meninas na Tecnologia”, celebrado em abril. Em alguns lugares, as meninas foram convidadas a passar o dia em empresas de tecnologia, agências governamentais e instituições acadêmicas. Outras se encontraram com mulheres trabalhando no setor.

Joanne O’Riordan

O evento em Nova York contou com a presença da irlandesa Joanne O’Riordan. A jovem, de 16 anos, é uma das sete pessoas no mundo com uma rara deficiência congênita chamada “tetra-amelia”, que faz com que a pessoa nasça sem braços ou pernas.

Joanne disse que a tecnologia foi, para ela, crucial, desde seu primeiro ano de vida. Ela afirmou ainda que a tecnologia pode “ajudar a muitos”, e que as mulheres e meninas presentes “não devem se limitar em suas próprias vidas”.

*Apresentação: Leda Letra.