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Nações Unidas condenam despejos de refugiados palestinos BR

Nações Unidas condenam despejos de refugiados palestinos

Agência de Assistência, Unrwa, e Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, criticam a evacuação de 67 pessoas; Israel alega que casas eram ilegais ou pertenciam a outros donos.

[caption id="attachment_204612" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Unrwa"]

Daniela Kresch, da Rádio ONU, em Tel Aviv.

Duas agências da ONU, a de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, e o Escritório de Assistência Humanitária, Ocha, se uniram, esta semana, para condenar o despejo de dezenas de refugiados na Cisjordânia.

Segundo as agências, só na semana passada, 67 refugiados palestinos foram desalojados por causa da demolição de suas casas.

Sete Famílias

Um dos principais incidentes aconteceu, em 18 de abril, quando as casas de sete famílias palestinas foram demolidas no vilarejo de Al Khalayleh.

No dia seguinte, as famílias foram novamente evacuadas do local, do qual se recusaram a sair, quando as autoridades confiscaram as barracas onde elas se alojaram, doadas por ONGs de direitos humanos.

Israel alega que as casas demolidas foram construídas ilegalmente, sem os documentos necessários para a realização das obras.

Ação na Justiça

Também na semana passada, duas famílias palestinos foram despejadas de suas casas no subúrbio de Beit Hanina, em Jerusalém Oriental, numa ação criticada pela ONU e pela União Europeia.

As residências foram repassadas para famílias israelenses, que ganharam uma ação na Justiça na qual alegaram serem os donos da terra.

O diretor da Unrwa na Cisjordânia, Felipe Sanchez, condenou as ações das autoridades, afirmando que “os despejos forçados de refugiados palestinos e a demolição de casas e outras estruturas civis na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, são contra a lei internacional”.

Sanchez apelou para que Israel encontre uma solução para que a população civil na Cisjordânia possa viver uma vida normal.

O chefe da Ocha nos territórios palestinos, Ramesh Rajasingham, afirmou que “mais de 1,5 mil palestinos perderam suas casas como resultado de demolições e despejos desde o começo  de 2011”.