Manutenção de infraestruturas de água desafia Moçambique e Angola
Declarações foram feitas pela diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS após lançamento de relatório sobre o estado mundial do acesso à água e ao saneamento básico.
[caption id="attachment_209490" align="alignleft" width="350" caption="Foto: Unep"]
Camilo Malheiros Freire, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Países como Moçambique e Angola carecem de recursos humanos para manter infraestruturas de água potável, disse a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial da Saúde, OMS, Maria Neira.
Ela falava à Rádio ONU, de Genebra, após o lançamento de um relatório sobre o estado mundial do acesso à água e ao saneamento básico.
Progresso
Apesar de assinalar um “grande progresso” mundial na área, o documento indica que várias nações estão atrasadas no cumprimento de seus objetivos sócio ambientais.
Maria Neira citou Moçambique e Angola como exemplos de países lusófonos onde a manutenção eficaz dos serviços existentes pode ser mais importante do que a construção de nova infraestrutura.
Continuidade
“A dificuldade tem sido manter a infraestrutura. A construção está a ser feita mas o mais difícil para transportar àgua é a manutenção. Queremos levar a mensagem de que não só é preciso dar dinheiro a estes países, mas também manter esses recursos humanos para dar continuidade a este tipo de resultados.”
A análise da situação da infraestrutura de mais de 70 países aponta que mais de 70% dos casos analisados no documento correm grande risco de não alcançar as Metas do Milénio até 2015.
Para a OMS, após 2015, novas metas relativas ao acesso universal à água e o saneamento, vão precisar de esforços combinados de vários agentes, e de grandes investimentos.
*Apresentação: Eleutério Guevane.