Os cinco pontos para combater a “má alimentação”, segundo a ONU
As Nações Unidas afirmaram que os actuais sistemas alimentares no mundo criam pessoas “doentes”; enquanto uma em cada sete pessoas está subnutrida, existem quase 1,5 mil milhões de obesos.
[caption id="attachment_212404" align="alignleft" width="350" caption="Olivier de Schutter"]
Joyce de Pina, Rádio ONU em Nova Iorque.
O especialista em alimentação das Nações Unidas, relator especial para o Direito à Alimentação, Olivier de Schutter, indicou que os actuais sistemas alimentares em prática no mundo criam pessoas “doentes”.
O responsável apontou para o facto de uma em cada sete pessoas, a nível global, estar subnutrida e milhões de outras sofrerem de “fome dissimulada” por praticarem uma alimentação deficiente em nutrientes essenciais, muitas sem o saber. Estas várias formas de “fome” contrastam com as quase 1,5 mil milhões de pessoas que têm peso a mais, ou são obesas.
Solução
Para o relator, existem cinco ações prioritárias que podem recolocar os valores nutritivos no coração do sistema alimentar, quer nos países desenvolvidos, quer nos países em desenvolvimento.
Identificar os produtos não saudáveis; controlar e regular os que contêm alto teor em gorduras saturadas, sal e açúcares; reduzir a publicidade da comida rápida; repensar os subsídios para a agricultura que criam desequilíbrios nos precos dos ingredientes e apoiar a produção local de produtos por forma a permitir aos consumidores um acesso fácil a alimentos frescos, nutritivos e saudáveis.
Schutter chama a este problema “crise da nutrição”, que tem de ser enfrentaoa, porque é um problema estrutural.
O responsável da ONU apresentou estes dados ao Conselho de Direitos Humanos, num relatório.