Especialista pede a libertação de palestino em greve de fome em Israel
Khader Adnan não come a 66 dias em protesto ao tratamento recebido pelas forças israelenses
[caption id="attachment_211604" align="alignleft" width="350" caption="Richard Falk"]
Camila Viegas-Lee, da Rádio ONU em Nova York.
Um especialista em direitos humanos independente das Nações Unidas voltou a pedir que Israel liberte um prisioneiro palestino que está em greve de fome há mais de dois meses.
Khader Adnan recusa comida desde 18 de dezembro para protestar contra o tratamento recebido pelas forças de segurança israelenses. Adnan também protesta o uso de aprisionamento sem acusação, de acordo com um comunicado emitido pelo Escritório de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
Danos Irreparáveis
Segundo o relator especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos, Richard Falk, a saúde de Adnan já sofreu danos irreparáveis e ele corre o risco de morrer a qualquer momento. Falk acaba de voltar de uma missão de dez dias na região.
Falk reinterou seu pedido ao governo israelense para tomar em conta os direitos de Adnan e a urgência da situação. Ele também pediu que as alegações de tortura e maus tratos devem ser investigadas imediatamente de forma independete e imparcial. O governo de Israel diz que a prisão de Adnan é uma detenção administrativa mas Falk diz que o termo mascara prisionamentos arbitrários.
Durante uma visita recente à região, o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon discutiu a situação dos prisioneiros palestinos em Israel com autoridades palestinas.
De acordo com as informações recebidas por Falk, há cerca de 4,4 mil palestidos em prisões israelenses – 300 deles detidos sem acusação.