Relatora da ONU pede mais direitos para mulheres na Itália
Após visita de 11 dias ao país, Rashida Manjoo disse que país precisa de um plano nacional de ação contra a violência à mulher, e de maior presença feminina no mercado de trabalho.
[caption id="attachment_210628" align="alignleft" width="350" caption="Rashida Manjoo"]
Rafael Belincanta, de Roma, para a Rádio ONU.*
Após uma visita de onze dias à Itália, a relatora especial para a Violência contra as Mulheres, Rashida Manjoo, divulgou algumas recomendações prévias para o país. Durante a viagem oficial, a relatora encontrou-se com autoridades italianas, membros da sociedade civil e vítimas de violência à mulher.
Rashida Manjoo recomendou ao governo que reforce as questões ligadas à violência contra a mulher no país, incluindo a promulgação de novas leis como, por exemplo, uma legislação sobre as perseguições, o estabelecimento de um plano nacional de ação de violência contra as mulheres e também em relação à paz e segurança femininas.
Consequências
A relatora da ONU também sugeriu planos para a inclusão das mulheres no mercado de trabalho e a criação de organismos do governo responsáveis pela promoção e proteção dos direitos das mulheres.
Essa foi a primeira vez que uma relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU esteve na Itália para investigar as causas e as consequências da violência contra a mulher.
Durante a visita, ela passou por centros de detenção e abrigos. As reuniões ocorreram nas cidades de Nápoles, Bolonha, Roma e Milão.
O relatório final será publicado em junho, na sede do organismo em Genebra, na Suíça.
*Colaboração: Cristiane Murray, Rádio Vaticano.