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Unicef quer eliminar cólera do Haiti e da República Dominicana BR

Unicef quer eliminar cólera do Haiti e da República Dominicana

Em evento, que contou com representantes dos dois governos, e de membros da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, agências pediram melhorias nos serviços de água e saneamento básico, como o primeiro passo da ação.

[caption id="attachment_202288" align="alignleft" width="350" caption="Campanha contra cólera no Haiti"]

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, realizou, nesta quarta-feira, uma reunião em Nova York para pedir o fim da epidemia de cólera no Haiti e na República Dominicana.

Participaram do evento representantes dos governos haitiano e dominicano, alguns parceiros do Unicef e especialistas da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, o braço regional da OMS nas Américas.

Mensagens de Vídeo

Além disso, o presidente haitiano, Michel Martelly, e o chefe de Estado da República Dominicana, Leonel Fernández, também enviaram mensagens de vídeo aos participantes.

Somente no Haiti, o cólera já contaminou, pelo menos, 350 mil pessoas. Até julho, mais de 5,5 mil haviam morrido.

Segundo o Unicef, o país está atravessando uma das piores epidemias de sua história. Como primeiro passo, o Fundo sugeriu melhorias nos serviços de água e saneamento básico do Haiti.

Apesar do apoio da comunidade internacional para prevenir a doença, a falta de infraestrutura básica tem complicado o controle da epidemia. Um outro problema é o número de pessoas que ainda vivem fora de suas casas por causa do terremoto de 2012.

Mudanças

Nesta entrevista à Rádio ONU, de Porto Príncipe, para falar sobre a situação dos haitianos, a encarregada de comunicação da Organização Internacional para Migrações, Yara Costa, lembrou alguns desafios de infraestrutura, enfrentados pelo país, e disse que há avanços.

“Não foi que já passaram dois anos e nada foi feito. Na verdade, só  passaram dois anos, porque aqui no Haiti já existiam problemas anteriores ao tremor de terra. Ainda tem meio milhão de pessoas que estão morando nos acampamentos. Mas existe um trabalho sendo feito, ainda vai levar tempo, mas pouco a pouco a gente está vendo as mudanças.”

Nesta quinta-feira, haverá uma série de eventos no Haiti para marcar os dois anos do terremoto de 12 de janeiro de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas incluindo muitos brasileiros que trabalhavam na Missão das Nações Unidas no país, Minustah.