Indígenas brasileiros construirão oca eletrônica em conferência ambiental
Um dos organizadores do projeto, Marcos Terena, contou à Rádio ONU que o espaço cultural deverá ser uma ponte de contato com indígenas de todo o mundo que estejam conectados à internet.
[caption id="attachment_208971" align="alignleft" width="350" caption="Foto: UN PHOTO"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A participação da comunidade indígena brasileira na Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, deverá inovar com a construção de uma oca eletrônica.
A informação foi dada à Rádio ONU pelo líder indígena, Marcos Terena. O objetivo é usar as novas tecnologias e as mídias sociais para conectar indígenas brasileiros com outros povos ao redor do mundo.
Articulação
Terena está em Nova York participando de uma reunião preparatória para a Rio + 20, ao lado de representantes de governos, funcionários da ONU e membros da sociedade civil.
“Nós estamos trabalhando com a construção de um espaço físico e cultural, que chamamos de carioca 2. O objetivo é receber indígenas de todo o mundo. Nós vamos ter uma oca eletrônica para podermos transmitir ao vivo. Além disso, tem uma articulação que é mais política com os próprios irmãos indígenas do Brasil e de fora do Brasil. Queremos criar uma plataforma sobre economia verde, erradicação da pobreza e o tema principal que é desenvolvimento sustentável.”
De acordo com Marcos Terena, o Brasil tem 600 mil indígenas divididos em 240 povos e 180 línguas.
A próxima reunião preparatória da Rio + 20 deve ocorrer em fevereiro.