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Segurança é uma das prioridades da ONU durante Assembleia Geral

Segurança é uma das prioridades da ONU durante Assembleia Geral

Debates começam nesta quarta-feira, mas planejamento do departamento de Segurança e Proteção da organização começou em dezembro; são esperadas 15 mil pessoas, por dia, na sede das Nações Unidas.

[caption id="attachment_204946" align="alignleft" width="300" caption="Em algumas ruas, o acesso está restrito aos funcionários"]

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Os debates de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU começam nesta quarta-feira, com presença de chefes de Estado e governo de quase 200 países, incluindo a presidente Dilma Rousseff, do Brasil e Barack Obama, dos Estados Unidos.

Mas o planejamento da segurança nas imediações da organização começou a ser preparado em dezembro. O Departamento de Segurança e Proteção da ONU trabalha com o apoio da polícia de Nova York para garantir que a 66ª Sessão da Assembleia Geral ocorra sem nenhum incidente.

Funcionários

As Nações Unidas contam com 400 seguranças e muitos deles trabalham em turnos dobrados durante a Assembleia Geral, que segue até 27 de setembro.

Entre delegações dos 193 países-membros, funcionários e jornalistas credenciados, são esperadas 15 mil pessoas circulando por dia na sede das Nações Unidas. Segundo o assistente-chefe de Operações de Segurança da ONU, Phillip McInerney, este número representa quase o dobro do que a organização recebe em dias normais.

Por conta da alta movimentação de pessoal, o controle no acesso à ONU é prioridade. Quem explica é a tenente Paula Gonçalves, policial das Nações Unidas:

“O mais importante é que eles (participantes) venham e que possam fazer o trabalho deles, mas que ao mesmo tempo, nós possamos garantir a segurança, até por conta dos presidentes que estão aqui ao mesmo tempo. Nós sempre estamos muito preocupados. Este é o nosso trabalho”, disse.

Obstrução no Tráfego

O tráfego para carros e também pedestres fica bloqueado nas ruas e avenidas próximas à sede das Nações Unidas. A brasileira Michelle Alves de Lima-Miller, que trabalha no Departamento de Relações Econômicas e Sociais da ONU, comenta que precisou apresentar o crachá de funcionária para a polícia de Nova York.

“Já notei na segunda-feira que na rua 42 com a 3ª avenida o tráfego estava mais intenso, com vários policiais controlando o trânsito. Os policiais estavam revistando os carros que iriam passar pela rua 44, entre a 2ª e a 1ª avenidas. E aqui na rua onde eu trabalho, os funcionários da ONU tinham que apresentar o crachá para poder entrar na rua, então o acesso está restrito. Eu acho importante, eu acho que tem mesmo que ter essa proteção”, afirmou.

Turistas

A mudança na rotina de quem trabalha ou vive na região de Midtown East em Manhattan é necessária, segundo o assistente-chefe de Operações das Nações Unidas. Phillip McInerney destaca que o objetivo é garantir a segurança não só de chefes de Estado e governo, e funcionários, mas de todos os civis que passem pela área nos próximos dias.

A ONU segue fechada para o público em geral até o dia 30 de setembro. As visitas guiadas para turistas serão retomadas a partir de 3 de outubro.