Apesar dos esforços, aumentam vítimas da crise no Corno de África
OMS regista mais mortes registadas de crianças na Somália; número de necessitados aumenta no Quénia e no Djibuti.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Escritório da ONU para os Assuntos Humanitários, Ocha, alertou para o agravamento da situação de emergência no Corno de África, apesar dos contínuos esforços das agências humanitárias para alargar a sua capacidade de resposta.
A combinação dos problemas como acesso, restrições logísticas, más colheitas, previsões meteorológicas desfavoráveis, queda na oferta de alimentos e de financiamento continuam a representar um grande desafio, aponta o Escritório.
Incidência de Diarreia
Nesta sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde, OMS, disse que a incidência de diarreia aguda foi alarmante na Somália, com pelo menos 211 mortes registadas na sua maioria em crianças menores de dois anos.
A agência anunciou o envio de clínicas móveis para o sul e centro, para ajudar a lidar com a doença e outras complicações de saúde como diarreia, malária, anemia, desnutrição e problemas respiratórios.
Aumento de Necessitados
De acordo com o Ocha, o número de necessitados no Quénia subiu de 2,4 milhões para 3,75 milhões. Já no Djibuti, 136 mil pessoas enfrentam insegurança alimentar crónica.
Na Somália, o país mais afectado, agências humanitárias dizem ser capazes de abranger menos de metade dos 3,7 milhões de necessitados.