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Nova edição do curso da ONU para universitários debate etnia, gênero e raça BR

Nova edição do curso da ONU para universitários debate etnia, gênero e raça

[caption id="attachment_201188" align="alignleft" width="350" caption="Harold Robinson é representante do Unfpa no Brasil"]

Julia Mandil, do Rio de Janeiro para a Rádio ONU.*

Começou nesta segunda-feira a 4ª. edição do Curso “A ONU e as Questões Internacionais Contemporâneas”. O curso é fruto de uma parceria entre o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, Unic Rio e o  Laboratório de Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de de Janeiro, Ufrj.

Durante duas semanas, 50 alunos de graduação e pós-graduação de diversas instituições vão se reunir no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, para debater o tema desta edição: “Etnia, Gênero e Raça” escolhido com base no Ano Internacional de Afrodescendentes.

Palestra Inaugural

A abertura do evento contou com a presença do diretor do Unic Rio, Giancarlo Summa, e dos professores Luciana Boiteaux e Leonardo Valente, da Ufrj. A palestra inaugural foi feita pelo representante do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, no Brasil, Harold Robinson.

Ele respondeu perguntas e comentou o trabalho do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, grupo composto por seis agências da ONU. O objetivo do Programa, segundo ele, é reunir as agências das Nações Unidas para abordar a desigualdade no Brasil, e fazer uma abordagem integrada junto ao governo.

"O objetivo do programa interagencial é trazer as agências das Nações Unidas juntas para abordar o tema desigualdade no Brasil. E, como tema, a desigualdade no Brasil tem fatores estruturantes como raça e gênero. Então a ideia do grupo é uma abordagem integrada desses fatores".

O grupo trabalha principalmente assessorando entidades e secretarias do governo responsáveis pelos temas de redução da desigualdade e combate à discriminação. “Nosso trabalho é apoiar o desenvolvimento de capacidades destas secretarias, para que as políticas públicas possam verdadeiramente contribuir na redução da desigualdade  para combater a discriminação”, afirmou.

Este é o primeiro Programa Interagencial deste tipo no mundo, que trabalha com um mecanismo de decisão conjunto. A iniciativa é presidida, tanto por representantes da ONU como do governo, e conta com o financiamento do governo espanhol. Robinson destaca como principal impacto a participação do Sistema da ONU nas discussões de ações afirmativas do Brasil, e a ajuda do grupo na compilação de instrumentos legais internacionais sobre o tema.

*Apresentação: Luisa Leme, da Rádio ONU em Nova York.

*Reportagem: Unic-Rio.