Unicef disse que os direitos das crianças são desafio para novo país
Sudão do Sul tornou-se independente do Sudão no sábado com uma cerimônia da qual participaram chefes de Estado e governo e o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.
[caption id="attachment_201023" align="alignleft" width="350" caption="Mais de um milhão de crianças sul-sudanesas não tem acesso à escola"]
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.*
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, afirmou que o reforço dos direitos das crianças é um dos desafios para o Sudão do Sul.
O novo país, do centro-leste da África, atingiu sua independência neste sábado 9 de julho.
Salas de Aula
Segundo o Unicef, o Sudão do Sul precisa agora construir sua infraestrutura com escolas e outras instituições para ajudar a melhorar a vida dos menores.
Na escola primária para meninos, nos arredores da capital Juba, havia quase 750 alunos divididos por apenas seis salas de aula. O colégios não tem energia elétrica e nem vidro nas janelas.
Os indicadores de educação para o Sudão do Sul estão entre os piores do mundo. Mais de um milhão de crianças em idade escolar primária ainda não têm acesso às escolas.
Malária
O quadro da saúde também é difícil. A diretora do Unicef no novo país, Yasmin Ali, disse que é a região mais arriscada para uma criança nascer. Não há cuidados adequados no parto, e a possibilidade de se contrair infecções após o nascimento é grande.
Cerca de 200 mil crianças no Sudão do Sul estão malnutridas. Menos de 3% recebem as vacinas necessárias. A malária é um grande vilão. Menos de 25% das crianças abaixo de cinco anos de idade dormem em mosquiteiros tratados com inseticida.
A mortalidade materna também é um problema no país: 22 mulheres morrem por dia de complicações no parto e na gravidez. O ministro da Saúde sul-sudanês, Luka Monoja, afirmou que este é o maior pesadelo da jovem nação.
*Apresentação: Luisa Leme, da Rádio ONU em Nova York.