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ONU propõe ‘Cinco Pontos’ de Ação Global contra o Sida

ONU propõe ‘Cinco Pontos’ de Ação Global contra o Sida

Em Encontro de Alto Nível para discutir o futuro do Sida, Secretário-Geral pede “Revolução da Prevenção”, realçando o poder do uso de novas tecnologias de informação por jovens.

[caption id="attachment_197319" align="alignleft" width="350" caption="Ação global contra o Sida."]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Líderes mundiais reúnem-se a partir desta quarta-feira, em Nova Iorque, para discutir o futuro do Sida no Encontro de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU.  No seu discurso, o Secretário-Geral, apresentou cinco pontos para combater o HIV/Sida.

Relativamente ao primeiro ponto, Ban Ki-moon pediu união dos países em torno da defesa de uma solidariedade global para garantir o acesso universal ao tratamento do HIV, prevenção e cuidados até 2015.

Dignidade

O segundo é relacionado à necessidade de promoção de baixos custos e criação de novos programas de combate à doença. Os pontos apresentados incluem a prestação de contas e a garantia de respostas que promovam saúde, direitos humanos, segurança e dignidade de mulheres e raparigas.

Por último, Ban apelou à promoção da “Revolução da Prevenção”, realçando o poder do uso de novas tecnologias de informação pelos jovens do mundo inteiro.

Planos

Em declarações à Rádio ONU, de Genebra, antes da abertura do encontro, o infectologista da Organização Mundial da Saúde, Marco Vitória, de Genebra, falou dos planos da agência para abordar o HIV.

“Continuar expandindo o acesso ao tratamento, de uma forma mais sustentável, buscando ampliar o processo de simplificação e descentralizar ainda mais os serviços. A tentativa é de se fazer um plano em que se busque aumentar o diagnóstico, simplificar o tratamento e manter o paciente sob um bom controle mesmo fora de grandes centros urbanos”, afirmou.

Progressos

Além dos progressos alcançados nos últimos 10 anos, o evento deve produzir recomendações e adoptar uma nova declaração de compromisso para orientar a resposta global à pandemia.

O relatório do Secretário-Geral “Unidos pelo Acesso Universal: Rumo a Zero em novas infecções, Zero na Discriminação e Zero em Doenças Relacionadas ao Sida” servirá de base para as discussões.

Preocupação

O documento aborda os avanços alcançados após a realização da Sessão Especial da Assembleia Geral sobre o HIV/Sida, no ano 2000, na qual os Estados-membros reconheceram a doença como uma preocupação que carece de uma acção global.

Os representantes de países lusófonos presentes no evento incluem os  ministros da Saúde de Angola, José Vieira Dias Van-Dúnem, do Brasil Antonio Padilha e de Timor-Leste, Nelson Eduardo Soares Martins.

Necessidades

O primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali, e a ministra guineense da Presidência, Assuntos Parlamentares e Comunicação Social, Maria Adiatu Djaló Nandinga lideram as delegações dos seus países ao Encontro.

As necessidades da mulheres e jovens vivendo com o HIV, a ligação entre saúde sexual e reprodutiva e as questões sobre o HIV serão temas a debater até a sexta-feira.

Na terça-feira, o Conselho de Segurança adoptou uma resolução que apela a esforços redobrados dos Estados-membros para abordar o HIV em missões de paz. A resolução sobre o HIV pede que esforços do pessoal uniformizado para prevenir conflitos possam ir de encontro com acções para pór fim à violência sexual e o estabelecimento de padrões para a fase posterior aos confrontos.