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Onusida quer fim das lacunas de acesso ao tratamento de HIV

Onusida quer fim das lacunas de acesso ao tratamento de HIV

Pronunciamento do Onusida foi feito na Conferência Internacional sobre Patogénese do VIH, Tratamento e Prevenção que reúne milhares de delegados em Roma.

[caption id="attachment_201848" align="alignleft" width="350" caption="Michel Sidibé"]

Eleutério Guevane, da Rádio ONU, em Nova Iorque.

O director-geral do Programa Conjunto sobre HIV/Sida,  Onusida , Michel Sidibé, considerou as lacunas no acesso ao tratamento e no combate à epidemia uma “afronta à humanidade”.

Segundo afirmou, a história vai julgar a presente geração “pela forma como aplica os avanços científicos.” Sidibé falava, em Roma, na Conferência Internacional sobre Patogénese do HIV, Tratamento e Prevenção, IAS, que decorre desde domingo.

Tratamento

Actualmente, cerca de 34 milhões de pessoas vivem com o vírus que pode provocar a Sida. De acordo com a ONU, mais de 6,5 milhões de seropositivos nos países de rendas baixa e média recebem tratamento e o Onusida espera que mais 15 milhões de pessoas possam ser tratadas até 2015.

O evento, que aborda a actividade teórico-prática das pesquisas em torno da doença, agrega mais de 5 mil pesquisadores, cientistas, clínicos, líderes comunitários e comunidade política.

Disparidades

O chefe do Onusida lembrou que as actuais disparidades podem e devem estar ligadas a inovações no desenvolvimento e definição dos preços de distribuição de meios para tratar o HIV, tuberculose, malária, saúde produtiva e outras doenças.

Por seu turno, a presidente da Sociedade contra a Sida, Elly Katabira apontou que os últimos dois anos foram “marcados por grandes avanços biomédicos desde a descoberta dos medicamentos anti-retrovirais.” A também presidente da conferência diz que o momento é de entusismo com pesquisas do gel vaginal, vacinas e métodos de terapia preventiva.

Espera-se que a conferência revele “dados promissores” nas áreas de tratamento, prevenção além de esforços para cura, novas combinações de drogas com vista a  impulsionar a prevenção e intervenções para tratamento num contexto de recursos limitados.