Economia virtual gera US$ 3 bilhões em empregos
Estudo do Banco Mundial diz que trabalhadores não-qualificados de países em desenvolvimento são os mais beneficiados.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Uma pesquisa do Banco Mundial sugere que a economia virtual está gerando cerca de US$ 3 bilhões, equivalentes a quase R$ 5 bilhões, em novos empregos.
De acordo com o estudo "Mapa do Conhecimento da Economia Virtual", os maiores beneficiados são trabalhadores não-qualificados de nações em desenvolvimento.
Mais de 100 mil pessoas em países como China e Índia, por exemplo, estão fazendo dinheiro com jogos online e páginas de internet especializadas em pequenas tarefas.
Celular
O especialista do Banco Mundial, Tim Kelly, disse que algumas das pessoas mais pobres do mundo estão usando a internet através do telefone celular.
Uma das novas tarefas de quem está ganhando dinheiro com a rede mundial de computadores é participar de jogos online no lugar de empresários que não têm tempo para acessar a internet.
O estudo afirma que a nova economia virtual poderá avançar economias locais na África e na Ásia.
O Banco Mundial alertou, no entanto, para a comercialização de alguns produtos online que podem acabar desvirtuando da realidade dos consumidores.
Situação Injusta
Segundo o estudo, por exemplo, quando uma pessoa contratada pela economia virtual aperta o botão "Like ou Gosto" no Facebook, só porque é paga para fazê-lo, ela pode estar criando uma situação injusta e na qual a opinião genuína dos usuários perderia força.
O pesquisador do Instituto de Tecnologia e Informação de Helsinque, na Finlândia, disse que empresários devem focalizar o trabalho digital em ações que beneficiem a sociedade.
O estudo sobre a economia virtual do Banco Mundial foi financiado pelo governo britânico.