Reforma do Conselho de Segurança deve avançar em 2011
Presidente da Assembleia Geral, Joseph Deiss, disse esperar que este ano dê lugar a ‘negociações reais’ sobre o processo de ampliação que já dura duas décadas.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
As negociações para a reforma do Conselho de Segurança devem avançar este ano.
Numa entrevista a jornalistas sobre as prioridades da Assembleia para 2011, o presidente Joseph Deiss disse esperar que haja "negociações reais" a respeito da ampliação do órgão.
G-4
Deiss lembrou que as conversações já duram duas décadas. A última vez que o Conselho teve uma ampliação foi em 1965 quando o número de assentos passou de 11 para 15. Nessa época, a ONU tinha somente 118 países-membros. Hoje, tem 192.
O Brasil, ao lado da Alemanha, da Índia e do Japão, como é conhecido o G-4, são considerados potenciais candidatos a um assento permanente.
Nessa entrevista à Rádio ONU, no mês passado, a embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que 2011 é também um ano especial na configuração do Conselho.
Valor
"O Conselho terá em 2011, vários países do G-4, praticamente todos, à exceção do Japão; contará ainda com os países que constituem o Ibas: Índia, Brasil e África do Sul. Nós estamos em consulta, em contato permanente com esses países, para imprimir uma marca que possa demonstrar que a presença desses países no Conselho de Segurança agrega valor e vem em benefício do Conselho como um todo", explicou.
O presidente da Assembleia Geral lembrou que o embaixador do Afeganistão, Zahir Tanin, deve produzir um novo relatório até março com as propostas dos países-membros sobre a reforma.
Além do G-4, o continente africano também tem interesse em dois assentos.