ONU pede fim dos confrontos no Nepal

Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos no Nepal relatou uso de força policial excessiva contra manifestantes no primeiro dia de greve nacional; guerra civil entre o governo nepalês e maoístas durou uma década e chegou ao fim em 2006.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.

O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos no Nepal fez um apelo nesta segunda-feira para o fim dos confrontos entre a polícia e manifestantes no primeiro dia de greve nacional convocada por maoístas.

Segundo o órgão várias pessoas ficaram feridas neste domingo, algumas em estado grave, quando policiais tentaram retirar manifestantes que bloqueavam trajeto planejado para o primeiro-ministro nepalês Madhav Kumar.

Preocupação

Em nota, o Alto Comissariado também demonstrou preocupação sobre a violência na capital Kathmandu.

Funcionários do órgão teriam visto um policial ser agredido durante a paralisação e a polícia estaria fazendo uso excessivo de força, gás lacrimogênio e atirando pedras nos manifestantes.

O representante do Alto Comissariado no Nepal, Richard Bennett, disse que as pessoas tem o direito de protestar pacificamente, e a polícia tem o direito de manter rodovias desbloqueadas.

Tensões

Ele pediu o diálogo entre as partes para reduzir as tensões. Bennett já havia lamentado em novembro o progesso limitado sobre um impasse político no país.

A guerra civil entre o governo nepalês e maoístas durou uma década e chegou ao fim em 2006. Treze mil pessoas morreram durante o conflito.