Ataque na Somália é ato covarde de terrorismo, diz ONU

O atentado suicida matou pelo menos 19 pessoas, entre ministros e jornalistas; em comunicado conjunto, as Nações Unidas afirmaram que trata-se de uma demonstração do total desrespeito pela vida humana.

Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York*.

As Nações Unidas condenaram nesta quinta-feira um ataque suicida que matou pelo menos 19 pessoas, incluindo três ministros, em Mogadíscio, capital da Somália.

Em comunicado conjunto divulgado em Nairóbi e assinado por várias outras organizações internacionais e nações, incluindo a União Europeia, a Liga dos Países Árabes e os Estados Unidos, a ONU descreveu o atentado como um ato covarde de terrorismo. O texto diz ainda tratar-se de mais uma demonstração do total desrespeito dos extremistas pela vida humana.

Atentado

Segundo agências de notícias, o ataque aconteceu em um hotel da capital somáli durante uma cerimônia de graduação de estudantes de medicina de uma universidade local.

O comunicado indica que o ato desesperado não vai dissuadir a comunidade internacional de apoiar o governo e o povo somáli que trabalham para restaurar a paz e a estabilidade no país.

O atentado matou também dois jornalistas que cobriam o evento e feriu com gravidade um quarto ministro.

O relator independente sobre a situação de direitos humanos na Somália, Shamsul Bari, também condenou o ataque, apelando para um movimento comunitário de base para evitar a repetição de atentados sangrentos do gênero.

Crise

Ele disse que uma das maiores tragédias da prolongada crise no país é o fato de várias gerações terem sido privadas de educação.

Bari destacou que, ao visar alguns dos poucos estudantes universitários, o atentado representa um duro golpe para o presente e o futuro da Somália.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.