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Ompi quer maior acesso para deficientes visuais

Diretor-geral da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, Francis Gurry, afirmou em fórum na Índia que os deficientes visuais precisam de acesso às obras protegidas por direitos autorais; mais de 314 milhões de pessoas em todo o mundo seriam beneficiadas.

Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.

Melhorar o acesso dos cegos e deficientes visuais aos trabalhos protegidos por direitos autorais é prioridade para a Organização Mundial de Propriedade Intelectual.

Foi o que afirmou o diretor-geral da Ompi, Francis Gurry, em fórum sobre o assunto em Nova Delhi, na Índia, nesta quarta-feira.

Braille

De acordo com a agência da ONU, mais de 314 milhões de pessoas em todo o mundo com problemas de visão seriam beneficiadas com um regime mais flexível, adaptado à atual realidade tecnológica.

Indivíduos com deficiência visual geralmente precisam converter as informações para o braille, outros formatos assistenciais para áudio, eletrônicos ou impressão aumentada.

Estima-se que 5% dos livros publicados em países desenvolvidos sejam convertidos. Na Índia a estimativa é ainda pior, apenas 0,5%, limitando o desenvolvimento profissional e educacional dos 70 milhões de indianos com deficiência visual.

Segundo a Ompi, o uso generalizado de tecnologias digitais tem levado a discussões sobre como manter um balanço entre a proteção aos proprietários de direitos autorais e as necessidades de grupos específicos.

Inovação

Para o diretor-geral da agência da ONU a inovação e o acesso são elementos fundamentais para a abordagem de requerimentos direcionados aos deficientes visuais em países em desenvolvimento.

Francis Gurry pediu a união de forças da Ompi com outras agências da ONU, como a Organização Mundial da Saúde, OMS, e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.