Unesco condena morte de cinegrafista no Iraque
Orhan Hijran, de 18 anos, foi morto em explosão de bomba na cidade de Kirkuk há pouco mais de 10 dias; agência da ONU pede mais proteção a jornalistas que cobrem a guerra.
Daniela Traldi, da Rádio ONU, em Nova York.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, Koïchiro Matsuura, condenou a morte de um cinegrafista iraquiano durante explosão no noroeste do país.
Matsuura disse, em nota divulgada nesta segunda-feira, que um número chocante de jornalistas iraquianos e funcionários de empresas de mídia tem pago com as próprias vidas pelo trabalho que exercem.
Liberdade de Imprensa
Koïchiro Matsuura também ressaltou que é essencial para a reconstrução de um Iraque livre e democrático que as autoridades melhorem a proteção aos jornalistas e dêem a possibilidade para que eles continuem exercendo suas funções para o benefício de todos.
A Unesco é a agência da ONU encarregada de defender a liberdade de imprensa.
O cinegrafista Orhan Hijran, de 18 anos, trabalhava para o canal de televisão por satélite Al-Rasheed, e foi morto em 21 de outubro após explosão de uma bomba perto de sua residência na cidade iraquiana de Kirkuk.
Mortes
De acordo com a agência da ONU o Iraque permanence como um dos países mais perigosos para a imprensa.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas, uma organização não-governamental, estima que mais de 200 jornalistas e trabalhadores que dão assistência à mídia foram mortos ao redor do país desde a invasão liderada pelos americanos em março de 2003.