Situação dos direitos humanos no Iraque preocupa
Em relatório, lançado nesta quarta-feira, organização sugere reforma do sistema carcerário, introdução de investigações baseadas em provas em vez de confissões e o fim dos chamados crimes contra honra.
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Iraque, Unami, informou que a situação dos direitos humanos no país permanece um motivo de preocupação.
A afirmação faz parte do 14º relatório da missão sobre o tema, publicado nesta quarta-feira, em Bagdá.
Confissões
O documento indica que houve melhorias na questão da segurança, mas o país ainda precisa fazer reformas no sistema carcerário além de introduzir um padrão de investigações baseadas em provas em vez de confissões.
O relatório também condena atentados suicidas e casos de violência de gênero.
De acordo com a Unami, muitos dos chamados "crimes contra honra" praticados contra mulheres acabam sendo registrados como suicídios.
Já na Região do Curdistão, no norte do Iraque, a mutilação genital feminina é uma prática tolerada.
Mulheres
A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que a situação das mulheres no Iraque é extremamente difícil e pediu que as autoridades do país priorizem leis de proteção às mulheres.
O chefe da Missão da ONU no país, Staffan de Mistura, elogiou o governo iraquiano pela adoção da Convenção contra Tortura e a inclusão de minorias em leis eleitorais.
Para Mistura, o Iraque tem a oportunidade agora de reforçar seu sistema judiciário e avançar na defesa dos direitos humanos.